quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

UM OUTRO MUNDO - Perfumes e paisagens.



O jardim amanhecera desorganizado, tudo dava sinais de uma noite em festa, havia flores caídas e folhas jogadas pelo chão e as árvores estavam sonolentas, obedecendo calmas a brisa que a manhã trazia.
O vento parecia ter batido na porta quando o mundo ainda dormia.
Borboletas e os beija-flores não eram vistos naquele lugar, como se estivessem descansando em lugar secreto dentro da imensidão silenciosa da plantas.
Como será o sono de um beija-flor?
O jardim era uma história de criança, no jardim se decifrava um sonho.
Para recolher as coisas que noite deixara espalhada pelo chão, jardineiro começara sua habilidosa tarefa, também moldava o contorno de algumas plantas assanhadas que se mostravam vaidosas diante de mãos tão dedicadas, o que pensara o jardineiro ao cuidar da beleza delas?
Aos pés das árvores, das rosas e do jardineiro, se estendia um tapete de grama orvalhado, intensamente verde cintilando sob a luz do sol, de onde surgiam formigas que trafegavam já apresadas para cumprirem seus afazeres.
A brisa levemente fria da manhã deslizava fazendo carinho na pele da moça que recebia o calor da manhã, e assim tudo se misturava naquele jardim coberto de encanto, moça ou flor tudo exalava perfume.
Os aromas daquela manhã eram doces.
Cada rosa tem seu peculiar cheiro.
O jardim era uma perfumaria para aquela moça que, de olhos fechados, sentia todos os aromas invadir sua alma, num hálito puro que acontecia no instante de eternidade.