segunda-feira, 8 de junho de 2015

O ERMO EXISTIR DA ETERNIDADE quando o amor não floresce



Estamos sempre partindo. Partindo para os nossos sonhos, partindo para deixá-los.
Não era só um amanhecer que ela buscava, era um riso singelo de um dia de sol sem nuvens no céu. Cada partida era também um ponto de chegada, o tempo voava e ela tinha pressa. O sonho estava espalhado em cada gota de sangue seu, o amor acontecia mais agora era saudade. O amor era um existir dissolvido em sua alma, mais também era lembrança fugindo de casa.
O amor era ausência. Era desespero. Era ânsia.
O amor agora era ninguém que estava sempre presente e todos os seus dias existiam na sua companhia.  Quando chegava, a casa não estava mais vazia, por que ninguém estava a sua espera.  Ninguém era cuidadoso, perguntava como foi seu dia e ouvia com atenção  suas histórias cotidianas, ninguém era paciente. Ela e ninguém jantavam sempre juntos e as horas eram nostálgicas. Ninguém segurava sua mão na hora de dormir mais não a protegia dos pesadelos.
A princípio a moça não gostava de ninguém e queria fugir, mais ninguém estava em todo lugar, tanto que ela se acostumou com a aquela presença que contornava os seus dias. Ninguém a amava, mais a moça queria voar. Ela não sabia se partiria para os seus sonhos ou para deixá-los.
Ela estava acontecendo, sem saber se era casulo ou borboleta.
Existir lhe bastava.


6 comentários: