Estamos sempre partindo. Partindo
para os nossos sonhos, partindo para deixá-los.
Não era só um amanhecer que ela
buscava, era um riso singelo de um dia de sol sem nuvens no céu. Cada partida
era também um ponto de chegada, o tempo voava e ela tinha pressa. O sonho
estava espalhado em cada gota de sangue seu, o amor acontecia mais agora era
saudade. O amor era um existir dissolvido em sua alma, mais também era
lembrança fugindo de casa.
O amor era ausência. Era desespero.
Era ânsia.
O amor agora era ninguém que estava
sempre presente e todos os seus dias existiam na sua companhia. Quando chegava, a casa não estava mais vazia,
por que ninguém estava a sua espera. Ninguém
era cuidadoso, perguntava como foi seu dia e ouvia com atenção suas histórias cotidianas, ninguém era paciente.
Ela e ninguém jantavam sempre juntos e as horas eram nostálgicas. Ninguém
segurava sua mão na hora de dormir mais não a protegia dos pesadelos.
A princípio a moça não gostava de
ninguém e queria fugir, mais ninguém estava em todo lugar, tanto que ela se
acostumou com a aquela presença que contornava os seus dias. Ninguém a amava,
mais a moça queria voar. Ela não sabia se partiria para os seus sonhos ou para
deixá-los.
Ela estava acontecendo, sem saber
se era casulo ou borboleta.
Existir lhe bastava.
Liiiindo!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdoreiii!!!
ResponderExcluirLindo, adorei!
ResponderExcluirQue bela descrição da ausência. Maravilhoso pensamento.
ResponderExcluirQue bela descrição da ausência. Maravilhoso pensamento.
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