sexta-feira, 30 de outubro de 2009
EM NOME DA AUSÊNCIA
Como seria meu corpo sem a povoação de tuas paisagens?
Seria como alguém mutilado e despido de suas próteses.
Cambaleante e sem propósito.
Minha alma arde, minha boca clama pela tua. Pois você era o dique que represava a minha angústia que agora transborda desenfreada rumo a ilusões perdidas.
Estou em um lugar solitário e, como folha que cai vejo o vento levar meus sonhos, há cacos de vidro por onde piso.
Não vejo seu corpo, mas, sinto sua essência dispersa em cada canto e no livro dos meus dias contei ao tempo este instante pra falar do inefável que é viver tão longe.
Izabel Goveia e Ricardo Tomas
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Aproveito o texto Em nome da ausência para lembrar-te tua ausência do Phallos. Cadê o texto prometido?
ResponderExcluirTeu texto é uma pintura de Dalí sem cores.