quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DE DOR - DE AMOR - MORRI


Ave de rapina leva meu coração embora e devora-o.
Pois a dor de tuas garras em meu peito será quase nada perto da angústia, da solidão que jorra das minhas entranhas.
O amor encravou seus espinhos e a minha alma está entrevada.
Cambaleante, me sinto uma cega em mata fechada.
Estou acorrentada, inabitada de carinhos.
Um labirinto feito de saudade é uma cadeia que não me deixa ver a luz do sol.
Fel é o único gosto que a minha boca pode sentir.
A correnteza veio e arrebentou meus reservatórios.
Sinto sede.
Sinto fome.
Tristeza me recebe em tua casa.
Faz de mim a tua eterna companheira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário