Um dia fugi de casa.
Como pássaro que vai embora por uma distração do seu dono, nunca mais volta à gaiola.
Joguei fora aquele brinco, cujo par, eu perderá em uma noite que já não faz mais sentindo algum.
Também deixei que escapasse o cheiro envelhecido das pétalas mortas de amor perfeito que eu guardara dentro daquele livro predileto.
Acordei aqueles olhos inocentes que dormiam em um sonho fugitivo.
Abri as comportas e me deixei levar pela correnteza.
De o silêncio deixado jorrar, ouvi gritos contidos naquele velho sigilo trancado.
Fugindo, fui deixando pelo caminho as peças de roupas que não me serviam mais.
Percebi que era pouco o que tinha agora .
Parei, olhei tudo se dissipando e segui, levando apenas um bando de pensamentos.
Só isso.
Prefiro jogar brinco de noite vivida do que manter-los em pares estéreis. Algo que não deu certo justamente pelo seu acontecimento - faz parte da essência dos espíritos livres.
ResponderExcluirBelo texto, amiga Isabel.
*mantê-los.
ResponderExcluirIzabel, gostei muito daqui. Um beijo! (www.sensivelldesafio.zip.net)
ResponderExcluirÉ sempre bom levar os pensamentos para um passeio.
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