terça-feira, 25 de maio de 2010

PENSAMENTOS NÔMADES – Procurando um lar



Os gatos arranham a madrugada dos telhados frios e protetores dos sonos inocentes.
Distante ainda pode se ouvir o barulho de uma TV ligada, provavelmente alguém adormecera sem se dar conta.
Pelas ruas quase vagas sinais abrem e fecham automaticamente, deixando a paisagem com aroma de monotonia e silêncio.
Algum mendigo dormindo ao relento sonha com o conforto de uma cama quente e o cheiro das cobertas limpas, o orvalho da madrugada deixa tudo frio e úmido.
Paisagens sonolentas se estendem pelas ruas, viventes noturnos carregam suas angustias solitárias.
As pálpebras da madrugada alta pesam sonolentas abrigando os seus devotos.
O sono se mistura no que está acordado.
A noite se estende no tempo em um segredo saboreado de solidão.
Apenas uma confissão de querer está em carne e alma.


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