segunda-feira, 31 de maio de 2010

TUDO SE FEZ PERENE NO CORPO DA ALMA




Elas estão unidas.
Nas suas peles virgens foi tatuado o nome de ambos.
Elas foram guardadas com cuidado dentro de uma caixa de delicado veludo azul
Dentro do bolso esquerdo do palitó elas se movem no compasso assimétrico do coração do jovem ansioso de mãos frias, quinze minutos, esse é o tempo do atraso, a insegurança deixa sua garganta seca. Onde estará ela...
Ele acaricia o seu bolso cujo presente que irá mudar sua vida está guardado.
Assim, nos seus pensamentos, deseja saber como estarão ele, ela e a sua vida daqui a dez anos.
A rosa vermelha deitada ao lado das taças de vinho, uma ainda vazia, deixa o ambiente com sabor de romantismo.
“O que as alianças significam na vida das pessoas - ele pensa - não essas que estão guardadas no meu bolso, mas sim as que envolvem as árvores genealógicas que se estendem ao longo das estações do tempo.
Apenas, me encantei por ela.
Não sei se por causa do nome, mas, Beatrice tinha olhos poéticos.
Quando a conheci foi como uma manhã de sol, seu toque na minha mão, seu olhar caminhando na mesma linha imaginária dos meus olhos, e finalmente sua voz quase tímida: Prazer.
E agora quero o seu rosto na eternidade dos meus dias.
Assim, feita de filhos e cheiro de comida.”

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