sexta-feira, 1 de abril de 2011

DUALIDADE DE SILÊNCIOS



 Pode se acender o escuro apagando uma vela.
A vela se esquece de si, e se deixar queimar, desfalecendo em calor e nostálgica claridade.
Quando a dor vem, atinge o coração retido no silêncio da busca, da solidão, da ânsia perdida no labirinto da noite.
O tempo é uma areia movediça, repleta de dias tênues e refinados de paisagens sugando tudo que temos, tudo que somos, tudo que procuramos.
Amar é remo em águas calmas.
Chorar é tempestade.
Despedida é falta de terra firme para os olhos sonhadores que voam.
  Só se sossega uma alma no refúgio dos braços.
Coração e oceano se alimentam de rios viajantes de terras remotas.
Fazer um poema é dar vida há muitas almas que dormem dentro do silêncio de nós.
Somente voz e silêncio perdido no meio do caminho.

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