Ainda lembro da lágrima borrada na sua face.
Tudo se arruinou.
Perdeu o encanto para aquela contemplação festiva.
A rua ainda estava molhada do sonho que transbordara.
A chuva de carnaval com as suas lágrimas coloridas de confete caíam sobre a noite, já apresentando resquícios da triste manhã acinzenta.
A caixinha de música perdeu o som e o seu dia escorregou na monotonia das horas desmascaradas.
Restos de fantasias ainda coloriam o morrer das ruas vazias de alegria.
Uma ilusão de pássaro pousou no galho da árvore quase desnuda.
E ela alegre jogou suas folhas mortas no chão para vestir-se unicamente com a clorofila que vinha correndo nas artérias do seu âmago.
Com o seu pouco verde, ela ainda podia conseguir a contemplação de um olhar.
Vestir o seu mundo, sentir o corpo revigorando da carcaça inerte.
Com o bordado de água ela pontilha o seu vestido de criança.
Amei a máscara feita de sonho que cobria os olhos da menina triste.
Descreve tao bem o que a vida nos traz , e tbm nos leva ...
ResponderExcluirSem usar muitas palavras ou ser redundante descreveria com uma palavra só: MAGNIFICO!!
ResponderExcluirEm geral, ao lançar um livro o escritor/poeta perde um pouco da inspiração, ou da vontade de escrever. Com você foi o contrário. Cada vez mais criativa.
ResponderExcluirPoeta de Primeira ,
ResponderExcluirbem direto , a esse termo Saudade !
Que muitos sente ..
Pq que não tem saudade é quem não tem vida ..
Parabéns ,Poetisa .
abraçoo , Lara Moura Nunes .